Um testemunho de Fé e Finanças

Se alguém me dissesse, que um dia eu estaria aqui escrevendo um testemunho de fé e finanças, eu teria desacreditado com certeza.

Primeiramente porque o Dinheiro, pra mim, era um bicho de sete cabeças — e olha que eu trabalhei mais de 30 anos em banco!

Eu sabia tudo sobre juros, planilhas e investimentos, mas, quando o assunto era minha própria vida, o caos tomava conta. Meu coração era uma bagunça, e isso se refletia direitinho no meu bolso.

Não vou te oferecer uma receita milagrosa pra ficar rico ou um passo a passo técnico cheio de números.

O que eu quero dividir com você é algo bem mais simples — e, ao mesmo tempo, mais profundo: a história real de um cara comum que afundou nas dívidas, encontrou esperança na fé e aprendeu que Deus cuida até das nossas contas.

Então, se ajeita aí, pega um café (ou um chá, se você for como eu) e vem ouvir como tudo mudou pra mim.

Quem eu era: Um bancário perdido na própria vida

Meu nome é Luiz Carlos. Sou casado com a Ana, pai do Pedro e da Clara, e hoje aposentado.

Durante mais de três décadas, trabalhei numa instituição financeira, vendo todo tipo de história passar pela minha mesa.

Tinha gente que vinha feliz comemorar um lucro, outros que choravam por causa de um boleto atrasado. Eu dava conselhos, fazia cálculos, ajudava a organizar — mas, em casa, minha realidade era outra.

Eu não tinha um norte.

Trabalhava pra pagar as contas, corria atrás do salário pra sustentar o mês e queria dar o melhor pra minha família.

Mas, no fundo, era como se eu estivesse numa esteira: andando, andando, e nunca saindo do lugar.

Até que as dívidas começaram a aparecer. Primeiro, foi um financiamento pra comprar um carro que eu achei que “precisava”. Depois, o cartão de crédito virou meu melhor amigo — e pior inimigo. E, pra completar, peguei um empréstimo pra tapar o buraco de outro.

Quando vi, estava acordando de noite, com o coração apertado, sem saber como ia dar conta.

O dia em que tudo desmoronou

Eu lembro direitinho do dia em que a realidade me deu um soco no estômago.

Era uma quarta-feira à noite, dessas bem comuns, com a TV ligada no jornal e o cheiro de jantar vindo da cozinha. Minha esposa, a Ana, que é um anjo de paciência, sentou do meu lado e perguntou, com aquele jeitinho dela: “Luiz, como estão as coisas da casa? A gente tá bem?” Eu abri a boca pra responder, mas as palavras não saíram. Pela primeira vez, eu não tinha uma resposta clara — só um nó na garganta.

Naquele momento, senti um peso enorme. Vergonha, frustração, raiva de mim mesmo.

Como é que eu, o cara que passou a vida lidando com finanças, tinha deixado minha casa virar aquele caos? Fui pro quarto, sentei na beira da cama e deixei as lágrimas caírem.

E ali, no silêncio, fiz uma oração que mudou tudo.

Não foi nada bonito ou bem ensaiado — foi só um grito do coração: “Senhor, eu não aguento mais. Não sei o que fazer. Me ajuda, por favor. Me mostra o Teu caminho.”

O que a Bíblia me ensinou sobre dinheiro

Nos dias que vieram depois, eu comecei a abrir a Bíblia com um olhar diferente. Não era só pra buscar conforto — eu queria respostas.

E, olha, eu descobri que a Palavra fala de dinheiro mais do que eu imaginava.

Um versículo que me pegou de jeito foi Provérbios 22:7: “O rico domina sobre o pobre; quem toma emprestado é escravo de quem empresta.” Era eu ali, descrito em poucas palavras. Um escravo dos juros, das parcelas, da ansiedade que não me deixava dormir.

Mas também achei esperança. Em Malaquias 3:10, Deus diz: “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim.” Aquilo acendeu uma luzinha no meu peito. Será que eu podia confiar n’Ele até nisso? Será que o problema não era só o dinheiro, mas o jeito que eu encarava ele? Aos poucos, fui entendendo que precisava de uma mudança grande — não só nas contas, mas dentro de mim.

Esse é o começo de qualquer testemunho de fé e finanças: perceber que Deus quer mexer no coração antes de mexer no bolso.

Como começou o testemunho de fé e finanças

A transformação não aconteceu da noite pro dia — e, pra ser honesto, nem foi fácil.

Mas, com o tempo, vi que a graça de Deus vai chegando devagarinho, como um sol que aquece aos poucos. Aqui vai como esse processo rolou na minha vida.

1. Repensei o que o dinheiro significava

O primeiro passo foi entender onde eu tava errando.

Não era o quanto eu ganhava — era o quanto eu gastava sem nem saber por quê.

Sentei com a Ana num sábado de manhã, pegamos um caderno velho e começamos a anotar tudo: o mercado, a luz, o café na padaria, as parcelas.

Foi um choque ver quanto escapava em coisas bobas. Então, decidimos mudar.

Passamos a planejar cada gasto, a viver com menos do que entrava e a conversar mais sobre o que queríamos de verdade. E, olha, isso não só arrumou as contas como nos uniu mais como casal.

2. Voltei a confiar com o dízimo

Quando as dívidas apertaram, eu tinha parado de dizimar. Dizia pra mim mesmo que “não dava”, mas no fundo era medo. Só que, depois daquela oração na beira da cama, senti que precisava dar um passo de fé. Voltei a separar o dízimo, mesmo com o orçamento apertado. Não era por obrigação — era por confiança. E, cara, eu vi coisas que não explico. Um cliente atrasado me pagou do nada, um desconto caiu no colo. Mas o melhor? Meu coração parou de tremer toda vez que o celular apitava com uma notificação do banco.

3. Pedi Ajuda e Aprendi

Primeiramente sozinho, eu não ia longe.

Foi aí que ouvi falar da Compass Brasil, um curso chamado “Finanças à Maneira de Deus”.

Resolvi tentar, meio sem saber o que esperar. E, olha, aquilo mudou minha cabeça. Aprendi que dinheiro não é o objetivo — é só uma ferramenta.

Comecei a separar o que eu queria do que eu precisava, a ser mais generoso e a cuidar melhor do que tinha.

Depois, levei isso pra igreja, compartilhando com um grupinho que se reunia às quintas. Ensinar me ajudou a aprender ainda mais.

4. Envolvi meus filhos

Uma das coisas mais legais foi trazer o Pedro e a Clara pra essa jornada.

Eles eram adolescentes na época, mas sentaram com a gente pra entender o que tava acontecendo.

Explicamos as dívidas, mostramos como estávamos mudando e pedimos ideias.

O Pedro até sugeriu vender uns jogos dele pra ajudar — não deixei, mas o coração dele me encheu de orgulho.

Hoje, vejo os dois lidando com dinheiro de um jeito que eu demorei décadas pra aprender. Isso, pra mim, é um pedaço precioso desse testemunho de fé e finanças.

O que veio depois: Paz, não só números

Com o tempo, as coisas foram se ajeitando.

Renegociamos as dívidas, cortamos o que não fazia sentido, fizemos uns bicos pra aumentar a renda.

Um dia, olhei pro extrato e vi: zeramos tudo.

Mas, sabe o que foi mais incrível? Não era só o saldo positivo — era o jeito que a gente vivia.

Hoje, temos um orçamento que funciona, damos com alegria e sabemos pra quê e pra Quem estamos vivendo. É uma leveza que eu nunca imaginei.

Um novo propósito na aposentadoria

Quando me aposentei, podia ter ficado na rede, tomando café e vendo TV.

Mas senti Deus cutucando meu coração: “Luiz, sua história não acabou.”

Comecei a escrever sobre o que vivi, a falar em grupos da igreja, a dividir esse testemunho de fé e finanças com quem quisesse ouvir.

Não sou mais só o bancário aposentado — sou alguém que quer mostrar que dá pra recomeçar, com Deus no comando.

Cinco dicas pra quem quer construir um testemunho de fé e finanças

Se você tá enfrentando dívidas ou só quer alinhar suas finanças com sua fé, aqui vão umas dicas que me ajudaram — e que, espero, ajudem você também:

  1. Enfrente a Verdade
    Não adianta fingir que tá tudo bem. Pegue um papel, some suas dívidas, encare o tamanho do problema. Só conhecendo o buraco você vai saber como sair dele.
  2. Ore com o coração aberto
    Fale com Deus sobre suas contas. Peça sabedoria, paciência, direção. Ele não tá interessado só na sua alma — Ele quer sua paz inteira.
  3. Faça um plano que você consiga seguir
    Liste as dívidas, veja o que dá pra renegociar, corte o que não precisa. Comece pequeno, mas comece firme. Fé e disciplina andam juntas.
  4. Pense diferente sobre dinheiro
    Pare de ver a grana como o fim da linha. Ela é só um meio pra viver o que Deus te chamou pra ser — generoso, livre, tranquilo.
  5. Não vá sozinho
    Procure um curso, um amigo, um grupo na igreja. Eu cresci muito com a ajuda da Compass e de gente que me ouviu sem julgar. Você também pode.

Um testemunho de fé e finanças e um coração cheio

Primeiramente quando olho pra trás, só consigo agradecer.

A fé me tirou das dívidas, sim, mas fez muito mais: me deu um propósito novo.

Mas se você tá no meio desse aperto, acredita: tem saída. Deus não te largou, e Ele adora um recomeço.

Contudo não é o tamanho da sua dívida que define sua história — é o tamanho do Deus que você serve.

Esse é o meu testemunho de fé e finanças, e eu espero que ele te inspire a escrever o seu.

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